Poluição luminosa: o que é, causas e como reduzir

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Foto de cima de uma cidade a noite

A poluição luminosa é causada pelo uso excessivo da iluminação artificial. Muito comum nos grandes centros urbanos, esse fenômeno pode afetar diretamente a saúde e o bem-estar dos humanos e animais

Você já fechou a janela do seu quarto para dormir e percebeu que a luz do lado de fora estava invadindo esse cômodo? Ou já dirigiu em uma estrada à noite e sentiu um certo ofuscamento por conta de outdoors muito iluminados ou devido ao farol alto do carro que estava na sua frente? Esses desconfortos, que são muito comuns, são resultados da poluição luminosa.

A iluminação artificial é essencial para aumentar a segurança pública e também para permitir a circulação de pessoas e o funcionamento de estabelecimentos comerciais durante o período noturno. No entanto, muitas vezes ela é usada de maneira excessiva, ocasionando danos à saúde dos indivíduos e até aumentando as chances de acontecerem acidentes.

Por isso, é essencial conscientizar as autoridades públicas, empresários e a população em geral sobre o que é poluição luminosa, quais são as suas causas, quais impactos ela pode gerar e como resolver esse problema. 

O que é poluição luminosa?

A poluição luminosa é o uso da iluminação artificial de maneira excessiva ou incorreta. Ela pode ser proveniente de várias fontes, como:

  • Postes de iluminação instalados em lugares errados;
  • Excesso de lâmpadas nas fachadas de comércios e outdoors;
  • Lâmpadas em fachadas ou postes direcionadas para o lugar errado;
  • Farol alto dos carros.

Em alguns casos, o uso indiscriminado de lâmpadas de vapor de sódio, muito utilizadas na iluminação pública, quando estão mal direcionadas, deixam o céu com uma cor alaranjada, o que também pode ser caracterizado como um tipo de poluição luminosa.

O excesso de luminosidade pode trazer várias consequências para o ecossistema, portanto, é fundamental que as autoridades públicas e empresas invistam em projetos luminotécnicos eficientes, para deixar as áreas iluminadas na medida certa, sem afetar o bem-estar das pessoas e dos animais. 

Tipos de poluição luminosa

Existem diferentes tipos de poluição luminosa, e cada um deles pode afetar os indivíduos e animais de maneiras distintas. Confira a seguir quais são os principais.

Luz intrusa

Quando a iluminação artificial de um ambiente invade o outro, ocorre um tipo de poluição chamada de luz intrusa. Isso costuma ocorrer quando a luz oriunda de postes, comércios ou de letreiros de anúncios invade a casa de uma pessoa, mesmo depois de ela ter fechado as janelas e as cortinas. 

A invasão da luz pode ocorrer tanto devido a lâmpadas mal direcionadas, quanto à instalação de lâmpadas muito intensas para aquela área ou o uso de uma iluminação excessiva. 

Ofuscamento

O ofuscamento é causado por uma luz excessiva que não é devidamente protegida, como o farol alto de um veículo, e que pode até mesmo ocasionar uma cegueira momentânea. Esses episódios são muito sérios e podem ocasionar acidentes fatais. 

Desordem 

Imagine uma rua cheia de lojas com fachadas excessivamente iluminadas, esse excesso de iluminação pode causar uma desordem momentânea nas pessoas que passam pela via, que nada mais é do que uma confusão mental, que também tem potencial de desencadear acidentes graves. 

Brilho no céu

O brilho no céu é caracterizado por um céu com cor alaranjada, que pode ser vista a mais de 300 km de distância no espaço. Esse tipo de poluição é altamente prejudicial para os astrônomos, que não conseguem ver as constelações por causa da sujeira no céu. 

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Impactos da poluição luminosa

O excesso de luminosidade pode afetar o ciclo circadiano dos humanos, que é o nome dado ao ritmo natural responsável por regular as funções biológicas do organismo. Além disso, essa poluição pode deixar as pessoas mais propensas a desenvolverem condições como insônia, estresse, depressão e transtornos de humor.

Já em relação aos animais, o excesso de luz artificial pode ocasionar alteração nos padrões migratórios, alimentares e reprodutivos. 

Entre as consequências da poluição luminosa, também podemos citar o crescimento desregulado de plantas e o descarte de uma grande quantidade de lâmpadas, que muitas vezes contém substâncias prejudiciais ao meio ambiente, como o mercúrio, por exemplo.

Outro problema relacionado a essa poluição é que, quando os comércios, empresas e vias públicas usam um número de lâmpadas excessivo, é gerado uma maior quantidade de lixo, que nem sempre é descartada da maneira correta.

Além disso, o uso excessivo de lâmpadas gera um grande consumo de energia elétrica, que nem sempre é gerada a partir de fontes limpas e renováveis, visto que não é incomum que o Brasil precise recorrer às usinas termelétricas para suprir a demanda de eletricidade da população. 

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Legislação e conscientização 

No Brasil, existe o Projeto de lei 1400/21 que visa tornar a poluição luminosa um crime ambiental sujeito à pena de reclusão e multa. Essa proposta ainda está em tramitação no congresso, mas, se for aprovada, pode contribuir de maneira efetiva para melhorar a qualidade de vida das pessoas e para deixar as cidades mais sustentáveis.

Contudo, já existe uma norma da ABNT, a NBR 5101, que determina os requisitos mínimos para iluminação de vias públicas. Observar as normativas dessa regra pode contribuir para deixar as ruas iluminadas na medida certa. 

Soluções para a poluição luminosa

Apesar desse problema ser grave e já afetar muitas cidades, é possível adotar algumas ações para promover a redução da poluição luminosa. Uma delas é contratar uma empresa especializada em iluminação para fazer um estudo da área que deverá ser iluminada.

Com esse estudo, será possível indicar quais pontos devem ser iluminados, quais luminárias e tipos de lâmpadas deverão ser usadas e qual será a cor e a temperatura das lâmpadas. Dessa forma, os espaços vão ficar iluminados na medida certa, sem prejudicar o meio ambiente e as pessoas.

Outra forma de minimizar esse problema é optando pela tecnologia LED, que não tem metais pesados na sua composição e, portanto, não vão contaminar o solo quando forem descartadas. Além disso, elas também têm uma vida útil mais longa e consomem menos energia elétrica. 

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